sábado, fevereiro 25, 2006
Quando dobro o papel
Com o gume da unha
Controlo algo que se me afigura concreto
Dominável e submisso.
Quando apoio o rosto na mão
Descanso o cansaço de existir
Emocionado e fugaz.
Quando abordo um sorriso
Traço mais uma linha no meu corpo
Fechada e fingida.
O momento existe
No tempo de o sentir
Prenhe de virtualidades
Virgens e inexploradas
Sonhos disseminados:
Terreno fértil
Jamais atingido.
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