sexta-feira, setembro 05, 2008

à sempre muy nobre e invicta...


À custa de ser una perdi-me
Nesta cidade que em bairros me divide
Particularizei-me nas calçadas, ribeiras e cumes
Tirei fotografias às palavras no grito das gaivotas
Chamei nomes aos mamarrachos dos cais
Fui turista do granito dos sonhos fósseis
E criadora de ilusões efémeras
Amei aqueles a quem a vida passou ao lado
Arrumadores, mendigos, putas, crianças de alma prematuramente desnudada
Cantei o fado e os blues da alma lusitana
Pendurei-me no eléctrico da Foz e fui ver palmeiras
Mas já não se namora: só se pesca.
E passeiam-se as tainhas brasileiras de braço dado.