segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Edipo
o rosto dele mergulha-lhe na sofreguidão dos seios. Sente-o primeiro, com o seu cabelo curto de menino, como se revivesse gestos antigos de ajeitar bocas, de indicar o caminho…depois aspira-lhe o perfume , o cheiro de que dele faz homem e nela desejo…só a pele, o corpo, o olhar que não se desvia, como se tudo aquilo fosse tão cristalino como o puro acto de nascer e abrir os olhos de espanto perante o mundo recém descoberto de se quererem, de se amarem, naquele quarto feito de amores interditos, agora seus, com os dedos dele a percorrerem os cabelos dela, a enovelarem-lhe os caracóis no rosto, o verde de encontro ao mel, a boca de encontro ao sexo.
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