sábado, agosto 25, 2007

Ribeira do Porto


Depois de o calor ofegar o corpo
E alongar os gatos nos beirais
Chove na Ribeira do Porto
A água escorre do Cubo
Cinzento escuro reflexo
Desce pelos rostos e cabelos
E faz ecoar as gaivotas
E o rio atravessa a ponte
Espelhando uma nuvem ou outra

Milheirais


De dedos se enrolam os cabelos
Moldura do rosto que se desenha
De verde se trocam olhares
Campos de milho suspirando pela água
Que corre nos sulcos molhados dos pés