Há sempre, como lhe chamo, o meu falar poético.
Sento-me ao computador e deixo que as palavras encontrem o seu rumo.
Por mais voltas que dê e por mais que a razão teime em aflorar, eu pinto a paixão com cores que ela não tem, enganando-me, com fria lucidez .
Claro que eu sei que a paixão não é um estado em que se viva. Pelo menos a paixão por alguém. A paixão pela vida, pelas coisas, pelos seres, essa é imortal, prolonga-se num amor que se reintegra depois no infinito, após a nossa morte. Pode viver-se, assim, num estado de permanente paixão. Nisso creio profundamente.
Quando me apaixono por alguém, ainda que por alguns dias, quero - o comigo, do meu lado, para sempre.
Nisto consiste a minha idealização apoética."
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4 comentários:
Como sabes, já tive oportunidade de viver, contigo, o fascinio dos teus dois "falares".
Lamentavelmente nao entendi o teu falar poético quando com ele estive ao vivo.
Sabes que, por vezes, na vida, um livro não se entende na primeira leitura...
...foi o caso!
Mas, estou inteiramente solidario contigo, quando afirmas:
"Quando me apaixono por alguém, ainda que por alguns dias, quero-o comigo, do meu lado, para sempre"
tem sido esse o drama de toda a minha.
Lindo ... GOSTO MT DE TI !!! ÉS uma Apaixonada.. como eu ! :)
«Quando me apaixono por alguém, ainda que por alguns dias, quero - o comigo, do meu lado, para sempre.» ADOREI ESTA FRASE.
Não é por isso que sofremos denecessáriamente?...
Não é essa a constante da vida que nos deixa de rastos no chão, a idealizar algo que acabou por não acontecer?
Seremos nós que temos expectativas demasiado elevadas?
Seremos apenas mulheres, leia-se, sonhadoras?!...
Acho que não!
Havemos de nos apaixonar, ainda que seja por uns dias, e havemos de o ter para sempre! ;)
Paula... como o tempo percebemos k o sofrimento é apenas uma opção... :)
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