quinta-feira, maio 18, 2006

Deixa
Que o teu perfume
Invada os meus sentidos.

As palavras
Estão a mais.

Os dedos,
Esses,
Devem traçar os percursos subtis
Conhecidos
E desbravar outros
Que te esperam
na sua virgindade absoluta.

Cola depois
O teu corpo ao meu
Misturemos os sabores
Doces e ágeis.

Nada digamos.
Deixemos falar o indizível.

1 comentário:

acbelix disse...

Não me surpreendes, surpreendendo-me, porque ao ler os poemas cheios de sexaaaapeeeela, tem sensualidade e calor suficiente para aquecer nos dias invernosos, em que só a beira de uma lareira podemos estar.
Sempre disse que nós seres humanóides, procuramos o que nos foi dado a cheirar, e queremos obter sempre o que não podemos usufruir normalmente, mas, depois da conquista, vulgariza-se e faz-nos abrir novos horizontes de procura, cada vez com mais paixão, cada vez com mais intensidade, que se torna uma quimera infindável.
Gostei!! beijos
Miro (ACBC)