segunda-feira, dezembro 25, 2006

De manhã o amor

A manhã assombrosamente clara
A tensão
Do fogo que me percorre
Suor
Ofegante
Do corpo
Que se move
Nos ínvios caminhos
Onde o mel escorre
Antes do sémen

Olhar cúmplice
Sinais devassados
Dádiva implacável

O peso teu corpo sobre o meu
O olhar que desviante se obliqua

Língua ávida

O núcleo do silêncio
O caos de sermos
Às vezes
Sente-se morrer
O gesto
Que da pedra irrompe
A boca sustém-na e não a diz
A mulher convoca os mortos
Nas encruzilhadas

1 comentário:

Anónimo disse...

A serena lareira, um sofá bem pertinho...Keiko Matsui e um beijo...um gole de vinho, um sorriso de amanhecer eterno numa fresca boca doce...