sexta-feira, outubro 13, 2006


o rosto dele mergulha-lhe na sofreguidão dos seios.
Sente-o primeiro, com o seu cabelo curto de menino, como se revivesse gestos antigos de ajeitar bocas, de indicar o caminho.
Depois aspira-lhe o perfume , o cheiro de que dele faz homem e nela desejo…
A pele, o corpo, o olhar que não se desvia, como se tudo aquilo fosse tão cristalino como o puro acto de nascer e abrir os olhos de espanto perante o mundo recém descoberto de se quererem, de se amarem, naquele quarto feito de amores interditos, agora seus, com os dedos dele a percorrerem os cabelos dela, a enovelarem-lhe os caracóis no rosto, o verde de encontro ao mel, a boca de encontro ao sexo.

1 comentário:

cloinca disse...

Muito bonito!!
Gostei muito...
Beijinhos grandes para ti!
Cláudia