O meu pensamento à beira Douro transborda cardumes
Na Praça do Cubo entranço as pernas e deixo nascer o desejo
De ser não eu, de alma enroscada no rio,
Mas outra poetisa ruiva e louca
Desgrenhando versos no azul fluido das margens
Comendo azeitonas verdes com a cor do olhar
Que dirige aos homens que passam
Vagabundos como ela de países e almas
Desancorados de promessas ou amores contingentes
Na Praça do Cubo entranço as pernas e deixo nascer o desejo
De ser não eu, de alma enroscada no rio,
Mas outra poetisa ruiva e louca
Desgrenhando versos no azul fluido das margens
Comendo azeitonas verdes com a cor do olhar
Que dirige aos homens que passam
Vagabundos como ela de países e almas
Desancorados de promessas ou amores contingentes
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