segunda-feira, outubro 15, 2007


No lento rumor do teu hálito
Apenas pressentido
Esvoaça o pássaro liberto
da matéria dos sonhos
quimeras azuis sonhando

quarta-feira, outubro 10, 2007

Discurso de água

Efémera

Pode ser a vida

Discurso de um rio

Nem sempre transparente.



As pontes

São nossos corpos

Fundidos em arco

Sobre a corrente.

sábado, outubro 06, 2007

Marca


As mãos crispam-se
Plenas de raivas não-ditas
Amordaçadas pela conveniência
Os dedos registam
Nas palavras escritas
A dor da tua ausência
Vemos tudo o que desejamos ser
No vislumbre do sonhar
Trevo seco entre as folhas do livro que não leste
Assim se destaca a permanência
Do meu olhar nas letras não escritas
Porque não as soubeste escrever