domingo, abril 01, 2007

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REALIZAÇÃO



Na alvorada em que me preencho


Surgem os ecos dos sonhos que não desejei.
De dia, o meu acto de ser agrilhoa-se numa nulidade absurda


Como se, impessoal e muda,


Não quisesse acontecer.
À noite concretizo-me


Prenhe no meu estado de glória


Sendo tudo e nada sendo


Coroada da majestade do sem céu


Meu reino sem ninguém


Desdém de crepúsculos

1 comentário:

Anónimo disse...

Por vezes estaciono aqui para ver se há novidades ... voltarei em breve.